segunda-feira, 29 de junho de 2009

Orgulho pelo meu futuro diploma!

Após tanto ler artigos, escutar comentários, permanecer calada pelo impacto causado pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que derrubou a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista, resolvi enfim, gritar o mais silencioso possível, meu orgulho pelo futuro diploma que terei em mãos ao fim da graduação.

Fico contente em saber que ao menos o ministro Marco Aurélio Melo tem consciência de que não se trata apenas de liberdade de expressão (até porque podemos através dos próprios blogues, notar que hoje não existe veto para pessoas físicas ou jurídicas se expressarem), mas de ética profissional, técnicas profissionais, conceitos históricos, desempenho e visão ampla que se adquirem não apenas no decorrer da vida, mas dentro das faculdades, afinal, são centros de estudos e pesquisas nos quais existem pessoas capacitadas a orientar e esclarecer todas e quaisquer dúvidas.

Aos ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluzo, Ellen Gracie e Celso de Mello que votaram pelo fim da exigência do certificado, meus pêsames, pois agora terão mais pessoas para os vigiar, para os indagar e mesmo que as respostar seja “não”, poderão escrever e expor o que quiserem, tudo faz parte do direito de expressão!(Será que essa decisão é medo que seja exercido ao pé da letra o tal conceito de “Quarto Poder”?!)

Bom, eu reconheço que esse assunto é polêmico e gera muita preocupação aos estudantes, que pagam por um diploma que não valerá nada, sem falar na incansável luta por seu espaço no mercado de trabalho que agora fica mais difícil, já que todo mundo pode ser jornalista.

É aí, que entra meu orgulho, sei que dentre todas essas pessoas, não sou apenas mais uma que gosta de escrever ou que acha que sabe, eu estudo para isso, serei uma completa jornalista, e quando tiver meu diploma, serei uma jornalista graduada, uma jornalista de verdade, não serei uma ministra, não desfrutarei do cargo da presidência, nem serei cozinheira, entre tantas outras profissões reconhecidas e que não geram riscos a ninguém, não é?!

Não culpo os jornalistas em exercício que não possuem diplomas, são bons no que fazem, até porque estamos em outros tempos, e os meios não justificam os fins, mas já possuímos muita gente que ocupa cargos reconhecidos (especificadamente na política, como nosso queridíssimo presidente Lula não tem estudos, o que explica tantas bobagens ditas por ele), não precisamos de mais ninguém, para bagunçar mais o país, caso contrário, nada mais que justo que nossa bandeira seja modificada, quem sabe para DESORDEM e RETROCESSO.

De qualquer forma algumas dúvidas ficam em minha cabeça. Será que muitas pessoas morreriam se esse veto valesse aos doutores? Existiria muitas vinganças se todos pudessem advogar? Outra coisa, um analfabeto pode mesmo ser tão bom jornalista, a ponto de escrever um livro sobre técnica profissional? É melhor deixar pra lá!Tenho orgulho pelo meu futuro diploma, porque então saberei que ainda há esperanças de que a ignorância ainda tenha limites.

Nayara Carolini de Oliveira

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Paulo Canabrava e Fred Ghedini visitam Unimep

"Direito Autoral no Jornalismo" foi o tema abordado por Paulo Canabrava Filho, jornalista desde 1957 e Fred Ghedini tesoureiro da APIJOR, que foram os palestrantes da vez para as turmas de jornalismo da Unimep - Faculdade Metodista de Piracicaba.

Canabrava iniciou a palestra falando sobre o monopólio dos meios, onde a maior parte desses veículos está nas mãos de uma pequena concentração de empresários, também falou sobre as universidades de hoje, que não estão pensando em qual é o modelo para o desenvolvimento do país, que deveriam transformar seus laboratórios internos em grandes suportes de esclarecimento públicos, e lutar para que o olhar crítico da realidade não desapareça, pois deviam pensar e criar alternativas de comunicação.

A faculdade é onde se concentra a rebeldia da juventude e é isso que cria o futuro, e o papel da universidade deveria ser, aproveitar essa aglutinação e transformar o mundo. O palestrante finalizou orientando que as universidades deviam criar métodos de trabalho e renda para seus alunos.

Depois Fred Ghedini falou sobre Constituição Federal diante dos direitos autorais, onde diz que aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras. Orientou-nos sobre as Leis dos Direitos Autorais onde descreve que só o autor pode decidir como é utilizada sua obra, a transparência de direitos que deve ser feita por escrito, também sobre a Licença Baseada na LDA e a Associação de Defesa dos Direitos Autorais. Os quais os mais violados são: ausência de créditos; plagio; adultério do original; reutilização sem autorização do autor; utilização por terceiros; utilização para outros fins; contrato de trabalho abusivo.

Ghedini encerrou falando sobre a APIJOR (Associação Brasileira da Propriedade Intelectual do Jornalista), instituição que tem por finalidade orientar os profissionais, que por sua vez desconhecem que são autores.
O coordenador da Faculdade de Comunicação finalizou a palestra dizendo que fazer jornalismo é estar comprometido com realidade. Eu como futura jornalista graduada, achei interessantea palestra, já que se trata do nosso trabalho.

Nada melhor do que sermos reconhecidos pelo o que fazemos e que cada um faça o seu, e se for para não fazer, que não copie, leia e entenda o caso. Afinal, somos esclarecedores da verdade e o que mais queremos é que todos se integrem aos assuntos e tirem suas próprias conclusões.
Nayara Carolini de Oliveira

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A Nossa Apresentação!

Enfim, o grande dia... " A Nossa Apresentação". Depois de tempos preparando tudo, visitas a Assessoria, emails e mais emails tirando dúvidas e verificando informações, estavamos na frente de todos e o pior, na frente do Botão! Na verdade a apresentação era nossa, éramos o centro das atenções e mais do que uma simples apresentação, a responsabilidade de mostrar para muitos que até mesmo não conheciam, o desempenho de uma Assessoria de Comunicação.

O nervosismo deu espaço a segurança, já não existia mais a voz trêmula do ínicio, substituída pela firmeza e o conhecimento daquilo que estava sendo transmitido. A breve apresentação durou mais do que esperado e no final ainda queriamos mais.

Já com o trabalho finalizado, não podemos deixar de agradecer a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Nova Odessa, que nos recebeu muito bem, demonstrando interesse em fazer com que nossa experiência em conhecer de perto a rotina dos profissionais desse Meio, valesse a pena e fosse marcante. Realmente valeu!

Esperamos que assim como nós, todos tenham aproveitado esse trabalho, que nos proporcinou não apenas mais amplitude diante dos diversos meios, mas também abriu nossos leques de opções para nosso futuro profissional.
Obrigado à Todos!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Nossa introdução a análise

Neste trabalho aprenderemos sobre o que é, e qual a função da assessoria de imprensa da Prefeitura de Nova Odessa. Quais suas estruturas materiais e humanas, e como são vinculados os materiais fabricados pelo setor.
Junto à equipe de comunicação da Prefeitura tivemos a oportunidade de esclarecer nossas duvidas e pudemos observar sua rotina.
Esperamos transmitir as informações obtidas através desta experiência, da maneira mais clara possível, para que assim como nosso grupo, todos possam compreender que o jornalismo é como as informações, sem fronteiras!

domingo, 24 de maio de 2009

Nossa busca pelo começo da Assessoria de Imprensa

O trabalho de uma assessoria de imprensa foge de uma tarefa rotineira, como o desempenhado em redações de jornais impressos ou emissoras de rádio e televisão. No livro “Assessoria de Imprensa – Como Fazer”, o autor Ribaldo Chinem sugere que esse trabalho exige conhecimento técnico e uma consciência ética de suas influências na opinião pública. È uma área que exige muito, pois requer do profissional uma sistematização que possibilite exercer a profissão com correção.

Segundo Manuel Calos Chaparro, em seu texto “Cem anos de Assessoria de Imprensa”, foi o jornalista americano Ivy Lee quem começou os primeiros passos das atividades de uma assessoria de comunicação, quando conseguiu transformar a imagem de Rockefeller, à época, o mais impopular homem de negócios dos Estados Unidos. Lee acumulava informações sobre os clientes, suas atividades, e sobre o contexto em que atuava, atividades peculiares, nos dias de hoje, a uma Assessoria de Comunicação.

No Brasil, as práticas de assessoria de imprensa e relações públicas surgiram após a Segunda Guerra Mundial, com investimentos por parte das empresas multinacionais. O contexto social da década de 60 favorecia ao mercado de trabalho jornalístico, o público era ávido por informação, e o governo desejava ardentemente fazer propaganda política de si. É nessa efervescência que se consolida a comunicação social no Brasil, porém, bastante castrada pelos departamentos de imprensa dos órgãos governamentais.
Foi neste contexto que surgiu, em meados de 1961, a assessoria de imprensa da Volkswagen, pioneira no Brasil, em se tratando de setor privado. Foi fundada pelos jornalistas Alaor Gomes e Reginaldo Finotti, ambos profissionais de redação da época.

A Assessoria de Imprensa que, apesar do nome sugerir, não está a serviço da imprensa, mas faz contato a partir da empresa e se relaciona permanente com ela. Porém, engana-se quem imagina que o trabalho de uma Assessoria de Imprensa se restringe apenas ao envio de texto para as redações de jornais e de sua eventual publicação.
As empresas compreenderam que é preciso trabalhar a comunicação integrada à organização. Antes, o trabalho de Assessoria de Imprensa era visto somente como uma tarefa de ser relacionar com mídia. Hoje, a comunicação engloba clientes, acionistas, fornecedores e funcionários. Houve uma sofisticação dessas relações, partindo de uma idéia simples, a de comunicação e diálogo exigem transparência.

Saiba mais: “Assessoria de Imprensa, como fazer”, de Ribaldo Chinem; “Cem anos de assessoria de imprensa”, de Manuel Calos Chaparro; “Jornalismo empresarial – Teoria e Técnica”, de Gaudêncio Torquato; “Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia”, de Jorge Duarte.

Assessoria de Imprensa da PMNO

A Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Nova Odessa foi reformulada em 2005, quando foram adotadas as ferramentas inexistentes (ou existentes apenas de maneira insipiente) até então.

A equipe atual implantou um sistema muito mais abrangente de clipping, passando a fazer clipping eletrônico, distribuir imagens digitais, reformulando o mailing digital e o mailing impresso, criando pastas de acompanhamentos dos assuntos mais relevantes e polêmicos, houve a criação de uma equipe de Publicidade e Propaganda para comunicação direta com o cidadão, e principalmente, a implatação da Política de Comunicação oficial, baseada na centralização da renomeada Assessoria de Comunicação da Prefeitura como canal único de contato do Poder Público Municipal com a mídia.

Nosso Jeito entrevista os Jornalistas da assessoria

Correria, troca intensa de informações e produção instantânea de material. Quem visita uma Assessoria de Imprensa, seja no poder público ou na iniciativa privada, tem a nítida impressão de estar em uma redação de jornal ou agência de noticias. A equipe do blog Nosso Jeito esteve na assessoria da Prefeitura Municipal de Nova Odessa, na Região Metropolitana de Campinas.

A Assessoria é responsável pela divulgação de todas as noticias envolvendo o Poder Executivo, além de servir como elo entre a prefeitura e os órgãos de imprensa interessados em entrevista e informações. Para Vagner André Salustiano, coordenador de comunicação novaodessense, os trabalhos da assessoria são típicos de um jornalista de formação. “É essencial. Ser jornalista é muito mais do que dominar a técnica. Apenas a faculdade fornece a base ética, técnica e estética que forma um bom profissional, principalmente através do contato com os professores e da amplitude do currículo, que deve incluir matérias da Sociologia, Antropologia, Psicologia, Política e Teologia que, fora da faculdade, um meto “tecnólogo do jornalismo” jamais obteria", salientou.

O chefe do setor trabalha das 10 as 19 horas, eventualmente, em eventos da PMNO; a qualquer hora, no plantão de Assessoria de Imprensa (geralmente por telefone celular). Durante sua rotina, ele organiza o clipping, faz releases, responde a imprensa, exerce a função de chefe de cerimonial em diversos eventos, até mesmo é o próprio cerimonialista. Sua equipe é formada por 3 jornalistas, 1 fotógrafo e 1 publicitário. Vagner possui uma sala própria, que tem acesso pela sala da assessoria mesmo, todos possuem mesas e computadores individuais, também utilizam-se de equipamento fotográfico digital de qualidade.

Outra jornalista que atua no setor é Luciana de Luca. Experiente, com passagens por emissoras de rádio, jornais e outros veículos, ela enumera quais as principais dificuldades enfrentadas em seu trabalho. “Acredito que a maior dificuldade é driblar os colegas de profissão que se acham Deus, ou seja, pensam que estão acima de tudo e de todos. Este tipo de profissional manipula a informação, burla as regras, passa por cima das pessoas para conseguir o que quer. Acho que isso é o pior.”, lamenta.

Sobre os impactos da internet no jornalismo, uma ferramenta indispensável no seu trabalho, Luciana de Luca é enfática. “Claro que as matérias são concisas e objetivas, e algumas matérias são as conhecidas “não matérias”, como por exemplo, “mulher melancia vai à praia de biquíni”. Mas a rapidez com que as matérias de verdade chegam até nós me fascina. Adoro a internet”, explicou.Por fim, Vagner Salustiano deixou uma mensagem a equipe do Nosso Jeito, falando sobre o principal desafio de um jornalista. “Nós temos que saber dosar o interesse público com o ‘interesse do público’, e não cair no caminho fácil do sensacionalismo e do ‘diversionismo’. Esse é o desafio”, concluiu.