O trabalho de uma assessoria de imprensa foge de uma tarefa rotineira, como o desempenhado em redações de jornais impressos ou emissoras de rádio e televisão. No livro “Assessoria de Imprensa – Como Fazer”, o autor Ribaldo Chinem sugere que esse trabalho exige conhecimento técnico e uma consciência ética de suas influências na opinião pública. È uma área que exige muito, pois requer do profissional uma sistematização que possibilite exercer a profissão com correção.
Segundo Manuel Calos Chaparro, em seu texto “Cem anos de Assessoria de Imprensa”, foi o jornalista americano Ivy Lee quem começou os primeiros passos das atividades de uma assessoria de comunicação, quando conseguiu transformar a imagem de Rockefeller, à época, o mais impopular homem de negócios dos Estados Unidos. Lee acumulava informações sobre os clientes, suas atividades, e sobre o contexto em que atuava, atividades peculiares, nos dias de hoje, a uma Assessoria de Comunicação.
No Brasil, as práticas de assessoria de imprensa e relações públicas surgiram após a Segunda Guerra Mundial, com investimentos por parte das empresas multinacionais. O contexto social da década de 60 favorecia ao mercado de trabalho jornalístico, o público era ávido por informação, e o governo desejava ardentemente fazer propaganda política de si. É nessa efervescência que se consolida a comunicação social no Brasil, porém, bastante castrada pelos departamentos de imprensa dos órgãos governamentais.
Foi neste contexto que surgiu, em meados de 1961, a assessoria de imprensa da Volkswagen, pioneira no Brasil, em se tratando de setor privado. Foi fundada pelos jornalistas Alaor Gomes e Reginaldo Finotti, ambos profissionais de redação da época.
A Assessoria de Imprensa que, apesar do nome sugerir, não está a serviço da imprensa, mas faz contato a partir da empresa e se relaciona permanente com ela. Porém, engana-se quem imagina que o trabalho de uma Assessoria de Imprensa se restringe apenas ao envio de texto para as redações de jornais e de sua eventual publicação.
As empresas compreenderam que é preciso trabalhar a comunicação integrada à organização. Antes, o trabalho de Assessoria de Imprensa era visto somente como uma tarefa de ser relacionar com mídia. Hoje, a comunicação engloba clientes, acionistas, fornecedores e funcionários. Houve uma sofisticação dessas relações, partindo de uma idéia simples, a de comunicação e diálogo exigem transparência.
Saiba mais: “Assessoria de Imprensa, como fazer”, de Ribaldo Chinem; “Cem anos de assessoria de imprensa”, de Manuel Calos Chaparro; “Jornalismo empresarial – Teoria e Técnica”, de Gaudêncio Torquato; “Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia”, de Jorge Duarte.
Comunicar e ouvir - Liz Bittar
Há 15 anos
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